terça-feira, 1 de junho de 2010

Entrevista com Mariana Conti (Coordenadora Cultural do CTN)


Por Luciana Maryllac 

Região Cultural foi até o Bairro do Limão, na capital São Paulo, para conhecer algumas curiosidades do CTN.  Entrevistada: Mariana Conti - Coordenadora Cultural.

Região Cultural – Mariana, conta um pouco para gente a trajetória do CTN, por que foi criado esse Centro de Tradições Nordestinas?
Mariana Conti – O CTN foi criado há 12 anos pelo José de Abreu, é um empresário paulista, ele não é nordestino. Na verdade ele criou esse espaço lendo uma matéria no jornal, e a matéria falava da ingratidão de SP para com os nordestinos. Ele já tinha a Rádio Atual, que era uma Rádio Nordestina, então teve a idéia de criar o espaço. Que era um espaço de cultura para que o nordestino pudesse vir para cá e se sentir na cidade dele, seja de qual parte do nordeste ele fosse. Ele teria a alimentação, a música... o que houvesse de mais característico no nordeste aqui ele encontraria no CTN.

RC – As estruturas atuais do CTN, todo esse patrimônio, tem desde o início? Quais são os serviços que vocês oferecem e qual a evolução do CTN?
MC – O CTN mudou bastante ao longo desses anos. No início era um trabalho bem rústico, o espaço já era o mesmo, aqui na Rua Jacofer, no bairro do Limão, mas não tinha muita coisa que, por exemplo, hoje nós temos, como a igreja, o palco, hoje o espaço é coberto, nós temos hoje 10 restaurantes aqui e mais 9 quiosques, na época que inaugurou não tinha tudo isso. Era um espaço aberto, completamente destampado, bem simples, mas que conseguia cumprir com a proposta do Sr. José. Hoje em dia já nós estamos fazendo uma reforma, estamos conseguindo trabalhar nossos projetos sociais, que são a escola de alfabetização de adultos, aula de capoeira, aula de reforço para criança, aula de teatro, além da atuação normal do CTN como casa de show, alimentação, a gente tem essa frente de atuação também.

RC – Qual é a principal festa do CTN?
MC – A principal festa não só do Centro, mas do nordeste, é o São João que é um mês de festa. Esse ano a gente inicia em 12 de junho e vai até 12 de julho. E no São João do nordeste é a mesma coisa, só que começa assim a data do primeiro santo que faz aniversário que é 12 de junho e vai até o final de julho. É festa pra mais de um mês.

RC – Quais são as atrações dessas festas?
MC – É o São João típico nordestino, um pouco diferente do paulista. Então tem as quadrilhas tradicionais, tem mamulengo, tem show de banda de forró, trio pé de serra... Tem muita coisa, é bem diferenciada as atrações.

RC – Como está o CTN hoje? Estamos vendo várias reformas... Para quê todas essas mudanças?
MC – Mas do que o nordestino, o perfil do público brasileiro mudou, o ser humano em geral vem mudando. As pessoas estão ficando mais críticas, elas não querem mais o elementar, todo mundo quer o melhor. E sempre procura oferecer o melhor, por mais que a cultura nordestina ela seja característica pelo rústico, pelo simples, pelo raiz, eu acho que isso pode ser mostrado de uma forma, não sofisticada, mas bem feita e com elegância, e este que é o propósito do centro. Por isso que a gente está reformando e ampliando os nossos serviços. Inclusive com a rodoviária, a gente está construindo uma rodoviária aqui a preços populares, mas isso ainda não está em andamento. A nossa principal função nesse momento é ampliar os nossos serviços de forma responsável, com qualidade, e que cada vez mais a gente possa atender mais pessoas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Revista RegiãoCult - Edição nº01 - 10 de Junho de 2010